Uma linda pilha de livros na porta daquela maravilhosa livraria da sua cidade. Que escritor nunca sonhou com isso?
Mas em um país com menos de 2000 livrarias e que produz quase duas dezenas de milhares de livros novos por ano, conseguir este intento é uma façanha.
Sem querer dar um ar blasé para este post, ou desmerecer a importância das livrarias, questiono a necessidade desse tipo de exposição para um grande aumento na vendagem de um livro.
São três os fatores principais que motivam as livrarias a escolher os “eleitos” para esta exposição:
- As editoras pagam pelo espaço nas pilhas das livrarias;
- Os livros mais expostos são os do estilo “Best Sellers” que estão vendendo muito bembest-sellers que estão vendendo muito bem;
- O autor é amigo do dono ou de um vendedor.
Por mais que a exposição alimente o ego do escritor, será que o investimento (no caso de você e seu livro não se enquadrarem nos fatores 2 ou 3, claro!) vale à pena?
Na maior parte dos casos de autores autopublicados, creio que não. Redes sociais, blogs, trabalho com mecanismos de busca e outras ferramentas que a internet disponibiliza costumam ser muito mais eficientes. Isso porque, ao contrário de uma livraria, que normalmente trabalha com um público amplo, adotar essas estratégias permite atingir o público-alvo desejado com muito mais foco e, na maior parte das vezes, o custo é bem menor.
Os autores de maior sucesso costumam trabalhar fortemente seu networking, desde o lançamento do livro até as ações posteriores de marketing. Com foco e determinação, passam a aumentar sua rede e construir a reputação do livro. Desta maneira, eles possuem um público cativo e interessado no que têm a dizer.
Fazendo do livro um objeto de desejo, talvez o autor consiga se enquadrar no fator 2 e sua obra passe a aparecer na “boca do gol” das livrarias.
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