Existem basicamente duas maneiras de se começar a escrever um livro. A primeira é uma epifania, um momento “eureka” que nos faz começar a teclar sem parar, enchendo a tela com nossas ideias. A segunda é por conta da alguma obrigação, quer seja consigo mesmo (“me prometi terminar o tripé: plantar árvore, ter um filho e escrever um livro”) ou com terceiros (“prometi para meu avô que escreveria a história da família”, “devo ao meu orientador”).
Se as palavras estão saindo da sua cabeça e indo para o “papel” em um jorro interminável, não pare o fluxo. No entanto, em algum momento você terá de refletir: qual o meu objetivo com o livro?
Se o seu desejo é poético, se você quer escrever algo artístico ou ainda esvaziar o peito, se aliviar de alguma angústia, você está livre para escrever como quiser. Mas esse nem sempre é o objetivo, e, para que o livro atraia um público considerável, você precisa pensar no destinatário de sua obra.
Já ouvi muitos autores responderem “para todo mundo” quando pergunto a qual público se destina o livro. Nenhum livro é para todas as audiências, de modo que, quanto mais específica for a definição do seu público, maiores as chances de atingi-lo.
Como dizia Sêneca, “A um homem que não sabe a que porto se destina, nenhum vento lhe será favorável” .
E como atingir meu público? Ah, isso fica para outro post!