Creio que todo autor, quando ingressa no universo editorial, deve se perguntar “O que é copidesque?” ao escutar do editor “seu livro está no copidesque”.
Acredita-se que o copidesque surgiu com os monges copistas no século XV. Ao copiar os textos, os monges alteravam palavras que pareciam estranhas no trecho, pois acreditavam que o copista anterior poderia ter cometido um erro ao fazer seu trabalho. Por isso, textos clássicos como a Bíblia possuem tantas variações em seu conteúdo.
Atualmente, o copidesque possui grau de interferência de médio a alto no original. Nesse processo, o profissional tem mais autonomia para reescrever trechos confusos; adaptar o texto para o meio em que será publicado (jornal, livro, revista, blogs, etc.); verificar se as fontes das citações estão completas e de acordo com a ABNT; apontar, se souber, incoerências nas informações divulgadas que deverão ser verificadas pelo autor, entre outras tarefas.
Nem todos os profissionais da área editorial realizam esse trabalho, pois exige um conhecimento avançado de gramática e gêneros textuais. Além disso, algumas editoras também possuem regras próprias: o manual do que pode e do que não pode ser alterado nas obras da empresa.
O escritor pode se sentir desconfortável ao saber que seu livro foi submetido a um copidesque, mas não deve. O objetivo do copidesque é resolver questões que o autor possa não ter visto no momento da escrita. A preocupação do escritor é contar sua história; a tarefa do copidesque é não deixar que existam lacunas na narrativa, ambiguidades, falta de informações essenciais e outros problemas que possam prejudicar a compreensão da história.
É um trabalho exaustivo, mas extremamente gratificante quando o livro fica pronto e entra em circulação. Quanto melhor for o copidesque realizado, mais fáceis ficarão as etapas seguintes, como a revisão de provas, que veremos em outro post.
Fonte da imagem: pixabay/UzbekIL
Excelente explicação. O copidesque, diferentemente da revisão, tem grau de interferência ‘alto’ sobre o documento, por isso ele está intrinsecamente ligado ao trabalho editorial.
Eu paguei pelo copy dask da minha história, pois é muito mais seguro para o autor… ela deixa o texto redondinho, não muda a sua história, e corta coisas que soam desnecessárias, ou que enchem linguiça durante a história.
Oi, Ruscello.
É isso mesmo! Que bom que teve uma experiência positiva com esse serviço.
Abraços