Algumas semanas atrás, no Blog da Labrador, abordamos o tema inspiração. Partimos de algumas concepções acerca do universo imaginativo e, então, exploramos possíveis soluções para ultrapassar o bloqueio criativo. Hoje, retomamos um pouco o último tópico, para poder desenvolver melhor o passo seguinte: o processo de escrita. Depois de ter uma ideia, o que fazemos é escrever sobre ela, certo? E é aqui que nasce o assunto desta semana: redigir uma introdução cativante.
Você tem 50 segundos para capturar a atenção de seu leitor. Esta é a regra geral que corre no boca a boca do mundo literário. Seja para histórias fictícias traduzidas no formato de livro, seja para matérias para periódicos, vale sempre a máxima: se a abertura do seu texto não despertar o mínimo de curiosidade em quem o lê, a probabilidade de esse caro leitor desistir e largar sua obra no meio – ou melhor, no começo – é alta. Saber como escrever um início atraente é uma boa maneira de combater o fenômeno de rejeição.
E como construir essa introdução forte? Separamos algumas dicas abaixo, confira!
Prenda o leitor com uma anedota
Ao jogar logo no início uma narrativa intrigante, que indique de maneira sutil os assuntos a serem abordados no texto, você garante uma retenção maior do público, que continuará a ler nem que seja apenas para desvendar de que maneiras o “causo” se relaciona com o texto que o segue. A técnica, denominada “storytelling” (em português, contar histórias), pode ser útil justamente pois, com um microconto, é possível despertar o interesse de qualquer navegante.
Responda à pergunta: “por que eu deveria ler isto?”
Como dissemos no início deste post, a chance de alguém fechar o livro ou a aba no computador que contém suas palavras é alta. No segundo caso, quando tratamos de textos on-line, 55% dos leitores tendem a abandoná-los em 15 segundos. Assim, é imprescindível que o valor do texto seja ressaltado desde o início, para que haja ainda mais poder na sedução literária.
Se abra: compartilhe algo pessoal
Assim como a técnica de “storytelling”, o compartilhamento de experiências pessoais tende a causar um pico na curva de interesse do leitor. Os cenários são múltiplos, entretanto, na maioria das vezes, ou esse explorador se relacionará de maneira íntima com suas memórias e criará logo algum tipo de vínculo com suas palavras, ou sua história será tão peculiar e única que ele se sentirá atraído desejando saber mais. De qualquer maneira, não subestime o poder que seu conjunto de vivências pode ter na hora de dar vida ao início de sua narrativa!