Lembra o final trágico de Jack, em Titatic? Ou quando E.T finalmente conseguiu retornar para casa? E em Peter Pan, quando ele estava cantando com todas as forças “eu acredito em fadas”? Você, com certeza, cantou junto ou, pelo menos, torceu por ele! Todas essas cenas tiveram grande impacto, porque, de alguma forma, seus personagens deixaram de ser apenas um ator em cena e passam a ser uma pessoa no qual o telespectador se identifica. Nas páginas de um livro, não é diferente e, hoje, a Labrador explica direitinho como isso acontece e por que é tão importante assim!
Quantas vezes nós mergulhamos tão profundo em um livro que precisamos saber o que acontece com um personagem? Quantas vezes você se pegou falando de um personagem como se ele fosse real? Isso são formas de dizer que houve uma identificação. Quando isso acontece é como se estivéssemos na própria pele daquela pessoa e nos transportado para aquele universo. Mas afinal, como esse processo acontece?
Quando mostramos ao leitor que ele compartilha algo em comum com o personagem, a probabilidade de que ele comece a gostar e se relacionar é alta. Esse processo se dá quando apresentamos um aspecto positivo que desperta alguns sentimentos como o de admiração – quando vemos no outro uma qualidade que nós gostaríamos de ter e/ou desenvolver, ou quando aquele personagem tem qualidades que nós consideramos importantes. Ou seja, mostre o seu protagonista como aquela pessoa que o seu leitor gostaria de conhecer ou que ele gostaria de ser.
O segredo é humanizar aquele protagonista. Diferente de objetos inanimados, todos nós temos sentimentos, emoções e conflitos – tudo aquilo que nos torna humanos. Por isso, não tenha medo de mostrar o seu personagem como alguém vulnerável. Quando vemos alguém sentindo dor, medo, felicidade etc., nos colocamos em sua pele e, instantaneamente, sentimos a emoção dele em nós. Torcemos por ele até o final como se tivéssemos torcendo por alguém querido (ou por nós mesmos). A sua luta e conquistas se tornam as nossas. É como se ele fosse aquele amigo próximo! Talvez agora você esteja se perguntando por que isso é tão importante.
Quando nos identificamos com algo ou alguém, criamos um laço emocional. É por isso que você chora quando aquele seu personagem favorito morre e fica com raiva do vilão que consegue escapar de tudo e sair impune. Para que o seu leitor se identifique com os personagens, você, autor, precisa fazer com que ele se sinta parte da história e, consequentemente, fique preso emocionalmente à sua obra. Afinal, não conseguimos sentir nada por alguém que não conseguimos nos relacionar.
Isso não quer dizer que é preciso fazer com que o leitor se identifique com todos os personagens de sua história, afinal de contas, cada um é diferente. No entanto, invista nesse trabalho de identificação, tão importante para uma boa obra.
Muito bom! Dica importante essa da possibilidade de identificação do leitor com um ou mais personagens e da importância dessa identificação para prender a atenção deste.