Renata Facco de Bortoli
O primeiro choro
foi em Fortaleza dos Valos.
Infância livre.
Juventude rebelde.
Sonhava e temia com a capital.
Fiz Psiquiatria para resgatar a Medicina.
Uso a arte para ensinar.
Danço por necessidade de sobrevivência.
A poesia me permite ser quem eu sou,
conviver melhor com minha humanidade e conectar-me com o sagrado.
Penso que é um dever compartilhar o que nos é dado nesta vida!
Os poemas retratam minha relação com o luto, especialmente pela perda da ingenuidade, vivenciada pelo contato com a doença e a morte.
Um processo que se deu pela experiência de uma realidade muitas vezes dolorosa, que por ventura pôde ser transformada pela busca incessante da beleza no cotidiano.
Dividi essa história em antes, durante e depois do voo, por me identificar com a sabedoria e o mistério da coruja.
O que consegui compreender até aqui é que essa espiral de conhecimento sobre si é infinita.
Voar é não ter garantias.
A você, leitor, que está abrindo seu universo pessoal para acolher um pouco da minha jornada, desejo que faça uma boa viagem pelo interior da sua alma!
Conte comigo,
estarei aqui segurando sua mão até o fim.